sábado, 12 de março de 2011

A diferença de ser professor e pai



Sempre gostei da Educação. Desde pequeno o desafio de Educar sempre me encantou. Sempre achei o Professor um profissional admirável. Tornei-me um deles. Não foi por acaso que escolhi uma Licenciatura como curso Superior: a Educação é causa e paixão da minha vida.
Já fazem bons cinco anos que ensino/educo/troco experiências com meus alunos dentro das escolas. Meus alunos são como filhos, tenham a idade que tenham, precise chamar atenção deles todos os dias ou nunca reclamar do comportamento. Acabo nutrindo por todos, os "melhores" e os "piores", o mesmo sentimento: o de proteção, de compromisso, de amor; sobretudo pelas crianças. Chegam na escola tão desprotegidas, longe das pessoas que mais os amam. E nós, professores, pecisamos brigar, às vezes gritar, às vezes dizer coisas fortes. Apesar de admitir que exagero muitas vezes, nunca gostei disso e agora, gosto menos ainda. Cada vez que vou chamar a atenção de um aluno, tento não fazê-lo bruscamente. E se fosse meu filho?
Agora eu posso fazer esse comparativo. O nascimento de meu primogênito João Gabriel (as fotos são dele) há 15 dias coincidiu com o retorno às aulas. A felicidade indescritível de ser pai e o amor incondicional pelo meu filho, aliado ao compromisso e amor que tenho pela arte de Educar me fizeram refletir sobre a minha prática pedagógica. E se fosse meu filho?
Talvez se nós, professores pensássemos um pouco mais nesse sentido a Educação avançaria para melhor. Todos querem o melhor para seus filhos. Eu, pelo menos, quero. E quando entro numa sala de aula procuro imaginar o que eu esperaria de um bom professor do meu filho: eu gostaria que ele fosse amável, mas não permissivo, pois os limites são necessários à formação; eu gostaria que ele ensinasse tudo de melhor que tem a ensinar; gostaria que ele cobrasse do meu filho, pois quero vê-lo com um bom conhecimento para o seu futuro; eu gostaria que ele valorizasse os conhecimentos e as potencialidades do meu filho...
Eu gostaria de tudo de melhor para o meu filho e para os filhos das muitas pessoas que me atrevo a dizer que ajudo a educar e a formar diariamente nas escolas onde atuo. Eu quero que meus "filhos e alunos" amem o conhecimento e, primordialmente respeitem a si e aos outros.