sábado, 5 de fevereiro de 2011

Jornal A 1ª FOLHA: Tarso em Piratini


Tarso instala governo na Primeira Capital Farrapa
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JAndre/A1ªFolha
A histórica cidade de Piratini, na região Sul, foi a escolhida por Tarso Genro para a primeira interiorização do Governo do Estado, de sua gestão. A inauguração aconteceu às 9h50 deste sábado, 29, na sede do Clube Recreativo Piratinense. A cerimônia, que foi aberta pelo vice-governador, Beto Grill - o chefe do Executivo ficou impossibilitado de estar presente, pois não havia teto para decolagem da aeronave que o traria de Bagé para Piratini, chegando 50 minutos depois - contou com a participação de todo o secretariado, que foi recepcionado pelo prefeito da cidade, Vilso Agnelo, por autoridades da região e pela comunidade, na Prefeitura Municipal.
A interiorização de Governo em Piratini, a primeira da atual administração, faz parte de uma série de ações em cidades do Interior anunciadas ainda no período eleitoral. De acordo com o governador, todas as capitais farroupilhas e outras cidades representativas serão visitadas. A aproximação com as comunidades faz parte do programa da gestão Tarso, que tem no diálogo entre Estado, municípios e sociedade civil um de seus principais alicerces.
Ao saudar os presentes e a população local, o vice-governador enfatizou que o Governo está colocando como prioridade o contato direto com os municípios gaúchos, para detectar com a comunidade os problemas e desenvolver projetos e programas que atendas as suas necessidades. “Piratini é um símbolo para nós e a partir daqui estamos trazendo o Estado para junto da comunidade, de forma que possamos desenvolver um trabalho profíquo”, destacou Beto Grill.

Principais ações
Entre as principais ações do Estado a serem realizadas no Município, está a assinatura do contrato de conclusão do restauro do Museu de Piratini, investimento de R$ 2 milhões, sendo R$ 1,3 milhão do Governo Federal, por meio do BNDES e R$ 700 mil, de contrapartida do Governo do Estado, por parte do Banrisul, via Lei Rounet. Também será realizado um conjunto de obras e a disponibilização de duas máquinas perfuratrizes, para abertura de poços artesianos, por um período de dois meses.
A delegação, integrada por várias secretarias e órgãos, participou de reuniões com o prefeito Vilso Agnelo e seu secretariado. Durante o sábado, todos estarão à disposição para ouvir reivindicações e contribuir na busca de soluções para os problemas que mais afligem a população. “Estamos muito feliz com a presença do Governo Tarso Genro em nosso município. Como candidato, ele foi o único a estar na cidade e agora retorna para trazer boas notícias”, destacou o prefeito. Ele concorda com o governador quanto à política de desenvolvimento e diz que o município será parceiro, priorizando as potencialidadas da região. “Mais importante que atrair investimentos de fora, é trabalhar internamente investindo no nosso potencial: turismo histórico”, disse Vilso Agnelo.

Piratini marcou o início da campanha de Tarso ao Governo
No início da caminhada rumo ao Governo do Estado, Tarso Genro incluiu a 1ª Capital Farroupilha em seu roteiro. O chefe do Executivo ficou impressionado com a receptividade que teve, inclusive do prefeito Vilso Agnelo, PSDB, e prometeu retornar após eleito para a primeira interiorização de sua gestão. Vitorioso nas urnas, ele esteve na cidade agradecendo o apoio e prometendo seu Governo irá valorizar a história de Piratini como eixo central no desenvolvimento do setor turístico do Rio Grande do Sul. Agora, retorna para cumprir a promessa de campanha.


Piratini foi a Capital Farroupilha
O município de Piratini foi a primeira capital da República Rio-Grandense, instituída em 6 de novembro de 1836, e empresta o nome ao Palácio Piratini, sede administrativa do Governo do Estado. Piratini ou Piratinim (denominação primitiva) quer dizer, em tupi-guarani, ‘peixe barulhento’, designação dada ao curso d’água que cortava a região, pelos seus primitivos moradores: os tupis-guaranis, que depois de aldeados pelos jesuítas das Missões, passaram a ser chamados de ‘Tapes’, para distinguí-los dos índios não catequisados.
A cidade teve seu povoamento iniciado em 1789 com a chegada dos casais oriundos do arquipélago dos Açores. Cada um dos açorianos recebeu um lote de terras em nome de sua majestade Fidelíssima, Dona Maria I, rainha de Portugal, por ordem de Dom Luiz de Vasconcelos e Silva, vice-rei do Brasil. Os primeiros povoadores estabeleceram-se no local denominado Capão Grande do Piratini e fundaram uma capela em honra de Nossa Senhora da Conceição, desde então, a padroeira da Cidade.
O Centro Histórico com suas velhas ruas e casario, em grande número preservados ao estilo da época, constituem testemunho vivo do Período Farroupilha. Além dos primeiros povoadores de origem portuguesa-açoriana, hoje fazem parte da população outras etnias, como alemães e italianos.
Piratini, dada sua posição estratégica e o calor com que seus habitantes receberam o movimento, foi escolhido para centro das operações, começando a ser, já no início, o verdadeiro abrigo da Revolução que se estenderia por dez anos.
Hoje, de acordo com os dados da Fundação de Economia e Estatística (FEE) e o Corede, a população do município é de 19.831 habitantes, distribuídos numa área de 3.561,5 km². A expectativa de Vida ao Nascer é 71,79 anos, enquanto a taxa de analfabetismo fica nos 15,59 %. O PIB é de R$ mil 183.594, e o PIB per capita, R$ 8.729. A data de criação é 15/12/1830, tendo Rio Grande como município de origem.

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