sábado, 5 de fevereiro de 2011

EDEGAR PRETTO ASSUME NA ASSEMBLEIA


Edegar Pretto defende agricultura familiar e lembra trajetória política de Adão Pretto

Edegar Pretto
O deputado Edegar Pretto (PT) fez seu primeiro pronunciamento nesta quinta-feira (3) na Assembleia fazendo uma homenagem ao seu pai, o deputado federal Adão Pretto, falecido no dia 05 de fevereiro de 2009. O parlamentar também fez uma referência especial ao deputado Raul Pont, companheiro de Adão Pretto na primeira bancada do PT no parlamento gaúcho.

Adão assumiu como deputado Estadual na Casa em 1986, sendo o primeiro pequeno agricultor a ocupar uma cadeira no parlamento gaúcho e, após, assumiu cinco mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados. "Minha candidatura nasceu por imposição da vida, em nome do legado político deixado pelo meu saudoso pai, que por 23 anos exerceu seis mandatos consecutivos como deputado, sem nunca perder suas origens, sem nunca recuar um milímetro das suas convicções e sempre fez dos seus mandatos uma ferramenta para organizar a classe trabalhadora do campo e da cidade", lembrou Edegar.

O parlamentar destacou também a importância do companheiro Olívio Dutra na formação da sua candidatura. Segundo ele, o ex-governador foi a primeira pessoa que o procurou para falar da sua candidatura. Olívio Dutra, à época, reafirmou que o legado, a história e o rastro de Adão Pretto não poderiam ser apagados e que o candidato que fosse representar as bandeiras de Adão Pretto ao longo de sua vida teria o apoio incondicional de Olívio. "Tive a felicidade de ter Olívio Dutra me acompanhando e orientado por toda a nossa campanha e, no último dia 31, oficializamos aos companheiros e companheiras que fazem parte do conselho político do nosso mandato que, com muita honra, contamos com o nosso mestre Olívio Dutra para orientar politicamente nosso mandato", destacou Edegar Pretto.

Compromisso Político

Edegar ainda ressaltou sua origem — nascido e criado no interior de Miraguaí, num pedaço de terra de 22 hectares, onde sua mãe e o seu pai criaram a maioria dos filhos — e reafirmou o seu compromisso com a agricultura familiar, que será uma de suas principais bandeiras no parlamento. Segundo o censo agropecuário de 2006, existem 442 mil estabelecimentos rurais no Rio Grande do Sul. Deste total, 400 mil estabelecimentos, mais de 90%, possuem até 100 hectares, ou seja, são pequenos agricultores, origem da maioria do alimento consumido pelos trabalhadores do campo e da cidade. "É importante a permanência do homem no campo produzindo alimento, mas tendo a garantia do acesso ao lazer, à cultura, à educação e à qualidade de vida".

Agroindústrias

Edegar antecipou que apresentará um projeto de lei na Assembleia para beneficiar e estimular a formação das agroindústrias familiares. Segundo o parlamentar, a iniciativa tem o objetivo de desburocratizar a legislação do setor, unificando o pesado e oneroso processo para a liberação sanitária, que hoje está dividido em três níveis (municipal, estadual e federal). Com isso, segundo Edegar, a comercialização dos produtos dos pequenos agricultores será facilitada, sem que se perca o alto nível do controle sanitário no RS. "São muito poucos os que se desafiam em criar e formalizar uma agroindústria e que conseguem chegar ao objetivo final de comercializar o seu produto em todo o Estado. Queremos que haja uma mudança nesta legislação e vamos levar esse debate para o centro do governo Tarso Genro", destacou.

Ampliação do seguro agrícola

Edegar também defendeu a ampliação do seguro agrícola no Estado e no País. Ele pretende rearticular o seguro agrícola estadual e ampliar a abrangência do federal. O deputado lembrou que o seguro agrícola foi a primeira iniciativa que seu pai protocolou como deputado estadual no ano de 1987 e viu essa luta virar lei no RS no governo Olívio Dutra, 12 anos depois. "Hoje só existe em nível nacional e ainda está aquém das necessidades do nosso povo",observou.

Governo Tarso Genro

Edegar também expressou o seu contentamento com a primeira medida que o governador encaminhou à Casa, a anistia da dívida que os agricultores, pescadores, quilombolas e assentados da reforma agrária tinham com o Estado. "Estive ao lado de entidades de classe e dos movimentos em muitas lutas, em audiências em que promessas foram feitas, mas que somente agora, porque temos no Rio Grande do Sul um governo comprometido com este setor, é que esta medida foi aprovada por unanimidade aqui nesta Casa" arrematou.

Foto: Divulgação / Gab.Dep.Edegar Pretto

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